Oi, gente, tudo bem?
Vamos pra segunda resenha do dia, um livro muito aguardado por mim!
Confira!
A Irmã da Pérola é o quarto volume da série As Sete Irmãs, da autora irlandesa Lucinda Riley. A série conta em cada livro a história de uma das seis irmãs, e podem ser lidos separadamente, sem ser na ordem de publicação. Até agora foram lançados cinco volumes, e sim, teremos sete, mesmo que a sétima irmã não tendo sido encontrada.
A Série As Sete Irmãs nos apresenta a família D'Aplièse e cada livro é narrado por uma irmã. Essa família mora na Suíça e é formada por seis irmãs adotivas, cada uma adotada de um país diferente por Pa Salt, um homem riquíssimo e muito misterioso, que as amava demais e fez de tudo pelas meninas. E deu para cada uma um nome das sete estrelas da constelação das sete irmãs, as Plêiades. Mas ele nunca adotou a sétima irmã (Mérope). Em A Irmã da Pérola conhecemos a quarta filha, Ceci, uma artista formidável. Ceci adora pintar, porém, acaba de trancar a faculdade de Artes em Londres, por não se sentir adequada às técnicas de aprendizado que seus profes vêm ensinando.
Bom, sem ser spoiler, mas os livros dessa série já começam com a morte de Pa Salt e a esfera armilar com as coordenadas geográficas para suas filhas descobrirem seu local de nascimento, com uma carta para cada uma e um suvenir que tem relação com sua família biológica, assim, deixando nas mãos delas se querem ou não descobrir sobre seu passado.
No caso desse quarto volume, já começamos a narrativa uns quatro meses depois da morte de Pa Salt, e a Ceci foi a única irmã a não receber nenhum suvenir, apenas a carta de seu pai e uma herança que o advogado dele lhe entregou - sem maiores explicações. A partir dessa carta, Pa Salt lhe dá o nome de Kitty Mercer, uma mulher ousada para sua época, que ajudou no crescimento da fábrica de pérolas de sua família.
Conforme a leitura do livro biográfico de Kitty, Ceci vai se envolvendo mais e mais com a história, sem saber ao certo, o que essa senhora tem a ver com sua vida e com seus pais biológicos.
Ela começa a ler o livro já na Tailândia, um lugar lindo que adorou visitar anos antes com a irmã, Estrela, e como sente saudades de Estrela - que está longe no momento (leia a resenha
A Irmã da Sombra, para saber mais) e tem se sentido perdida com a relação à faculdade e seus sonhos, Ceci acreditou que viajar seria o melhor a fazer. E foi, realmente.
Na Tailândia ela conheceu Ace, um jovem lindo e enigmático com o qual vive um breve romance e após algumas semanas vai para a Austrália, país em que a esfera armilar de seu pai indicava ser seu país de origem, e também país em que a inglesa Kitty se casou e administrou a fábrica de pérolas.
Ao chegar na Austrália, Ceci logo faz amizade com Chrissie, uma jovem nativa muito animada e disposta a ajudá-la, que a leva para conhecer pessoas importantes de seu passado e lhe conta sobre os preconceitos vividos pelos aborígenes anos atras, na época de Kitty...
Kitty é uma jovem inglesa que vai para a Austrália acompanhar uma senhora idosa que precisa de uma dama de companhia nessa viagem através de navio. Kitty, fica relutânte, porém, ao descobrir que o pai - que é um pastor! - traiu a mãe e engravidou uma jovem -, prefere sair de casa, a ter que aguentar viver nessa falsidade toda.
Logo que chega na Austrália, surpreende-se com o calor, os territórios sem donos, sem uma grande população e principalmente, o preconceito contra os aborígenes.
Na família dessa senhora ela conhece os seus sobrinhos gêmeos, Drummond e Andrew, lindos por fora e completamente opostos por dentro. Apaixona-se por Drummond, mas este, é tão #vidaloka que a deixa para viajar com alguns amigos bebuns, e com isso, ela acaba por aceitar casar-se com Andrew, mesmo não amando-o e achando-o um chato. rs
Eu adorei a narrativa desse livro. Acho que de todos da Lucinda que li, esse, sem dúvida, foi o mais fluído e gostoso de ler.
Contudo, a história não me agradou tanto.
Achei a Kitty insuportável. No começo ela é maravilhosa, inteligente, esforçada, humilde. Depois que casa-se com Andrew e se torna rica, fica chata, reclamona e sem interesse por nada. A única coisa boa que ela faz é tratar bem os aborígenes nativos e contratar dois - Fred e Camira -, para trabalhar para ela, tendo-os em alta conta.
É admirável sim, como ela os trata, mas sinceramente, né, não faz mais do que nossa obrigação tratar TODAS AS PESSOAS bem, não existe isso de um melhor que o outro, mas ok. Naquela época, era assim, então, ela foi boa com eles, de verdade.
Só com o decorrer da trama ela se torna muito hipócrita, erra pra carambola! kkkkk
Faz muitaaaaa coisa errada!
Sabe as coisas que ela criticava no pai, na mãe, e etc.? Fez pior!
E depois tentou dar uma de Madalena arrependida, não querendo assumir a culpa, depois se fazendo de "pra sempre amargurada indigna", muito chata, demorei mais pra ler, porque sinceramente eu não aguentava ela.
Ela faz coisas boas, ajuda muita gente, principalmente os mais necessistados, porém, é hipócrita e mentirosa. Enfim, não gostei dessa personagem.
Sobre a Ceci eu adorei ela, achei-a muito fofa e compreensiva, tendo lido os outros livros da série antes desse, eu tinha achado ela bem mandona e encrenqueira, entretanto, no seu próprio livro, ela tá um amor, e só na humildade. Só não gostei de ela ter aparecido tão pouco. Teve muitoooo pouco dela, na maioria das vezes, só narrava o passado, e na parte do presente, ela conversando com algum personagem sobre o passado da Kitty.
Como em todos os livros da Lucinda Riley, aqui temos a divisão de partes narradas no passado (Kitty) e no presente (Ceci). Eu particularmente gosto muito desse estilo, é o que mais me instiga a ler os livros da tia Lu.
Sobre a família biológica dela, eu gostei, embora tenha achado errado o motivo de ela ter sido colocada para adoção. Não combinou com as crenças e atitudes de sua família.
Sua relação com o Ace me deixou estupefata ao quadrado! Jurava que seria dum jeito e foi muito diferente. Gostei do final deles, apesar de não ser como eu queria que fosse! O Ace foi meu personagem preferido, apesar dos pesares (que são pesados!), e ele mostrou bem que aparências ENGANAM!
O final foi bom.
Só que, sei lá, faltou mais da Ceci. Queria ouvir mais sua voz e suas opiniões, espero que tenhamos um vislumbre do que lhe aconteceu nos próximos livros da série.
* Leia também as demais resenhas dos livros da Lucinda Riley já publicados aqui no blog:
Beijos,
Ana M.