segunda-feira, 25 de abril de 2016

#Resenha: A Doçura do Mundo, Thrity Umrigar

E aí pessoal, tudo em cima??
Tem resenha nova!!!


A Doçura do Mundo foi um livro decepcionante, sinceramente! Eu imaginava ser mais tocante, sensível e fluído.
A autora tem uma escrita envolvente e realmente escreve bem. No entanto, a história deixou muita a desejar.

Tehmina, natural de Bombaim, após a morte do espirituoso esposo, vai para os EUA morar com o filho Sorab, a nora enjoadinha, Susan e o neto Cookie. Tehmina os ama profundamente e foi convidada a morar de vez nos EUA, já que agora sem o marido, ficaria sozinha em seu país.

Tehmina, obviamente reluta muito, pois têm seu lar. Sua casa com seus pertences. Sua cultura. Seu país tão movimentado, quente, vivaz, diferente dos EUA, um país tão frio e limpo, como costuma ressaltar.

Entretanto, como deixar a família de seu filho? Sua família também. Que os ama e sabe que também é muito amada, apesar de ainda não conseguir amar e se adaptar aos costumes americanos.

Thrity Umrigar traça praticamente as 300 páginas desse livro com as dúvidas de Tehmina. O filho e a nora não tem muita paciência com ela, e com seu jeito cultural diferente de ser, afinal, Sorab se adaptou tão bem nos EUA, que simplesmente não consegue por vezes, entender a mãe e seu padrão de vida, embora seja estrangeiro também.
A Susan fala demais. Sabe, da umas patadas desnecessárias e se sente incomodada com os cuidados e ajudas oferecidos pela sogra.

Isso me incomodou profundamente, pois acredito sim, que cada pessoa tem uma maneira de se comunicar e achar que está ajudando, quando para a outra pessoa, está atrapalhando. Há uma linha divergente entre nossas maneiras de pensar e agir, e no livro todo não teve esse diálogo aberto, esse acordo entre sogra e nora, sobre como viverem juntas, fazerem coisas juntas e terem sua privacidade sem ferir uma a outra.

É justamente por esse motivo que a Tehmina demorou para tomar sua decisão e por fim, não houve essa conversa necessária. Não houve ajustes nem acordos.

No final do livro, Tehmina ajudou umas crianças que sofrem agressões pela mãe e por conta disso, terá mais visibilidade nos EUA, assim como para o filho que acabou ganhando com as peripécias da mãe, essa que ele criticou a principio.

Enfim, não vou dizer que é um livro ruim, pois me fez pensar em muitas coisas, como por exemplo, a falta de diálogo aberto, a importância da privacidade, o limite cultural - o quanto pode nos afetar. E o quanto é imprescindível viver com quem amamos, mas tendo sim, o nosso lugar. O nosso cantinho no mundo. Um lugar onde sejamos amados e onde pudermos lutar por nossos sonhos.


Essa é a quarta resenha de Abril para o Desafio Alfabeto Literário (Clique aqui para saber mais).
As iniciais correspondentes do mês são L e T.

Leia também as resenhas dos meses anteriores participantes do Desafio Alfabeto Literário:
* Janeiro: Redenção, Karen Kingsbury e Gary Smalley
* Fevereiro: Pollyana, Eleanor H. Porter
* Março: As Cinco Linguagens do Perdão, Gary Chapman e Jennifer M. Thomas

Beijocas,
Ana M.

domingo, 24 de abril de 2016

#Resenha: Proibido, Tabitha Suzuma

Oii gente, tudo bem?
A resenha de hoje é de um livro que anda dando muito o que falar e que tocou e machucou meu <3
Confira:


Proibido é um livro extremamente tocando e doloroso. É difícil lê-lo, afinal ficamos angustiados e incertos sobre o que pensar e apoiar.

Lochan tem 17 anos e sua irmã Maya, tem 16. Eles têm três irmãos mais novos, Kit, 12, Tiffin, 7 e Willa, 5.
Seu pai os abandonou para morar com outra mulher há alguns anos, e sua mãe, uma nojenta, vagabunda, aiii que ódio dela, foi morar com o namorado em outra casa, aparecendo algumas raras vezes e negando até dinheiro para alimentação e compras. Maya e Lochan que tem de ficar atrás dela para conseguir o dinheiro, afinal, eles ainda não podem trabalhar, nem deixar a assistência social descobrir a mãe relapça que eles têm. A família então dessas três crianças, são esses dois jovens. Que lutam sem olhar pra trás, apenas buscando o melhor para os irmãos menores, se negando várias vezes.

Obviamente os três menores dão muito trabalho, principalmente Kit, que é bem revoltado e ainda vive se envolvendo em confusões. Maya e Lochan tem um relacionamento bem amigável. Dividindo os afazeres domésticos com os cuidados e responsabilidade com as crianças, passam a desenvolver uma admiração e amor inabalável, e por fim, se apaixonam.

Eles são tão amorosos e cuidadosos com as crianças, que parecem mesmo serem seus pais. Acredito que esse amor deles surgiu justamente pela necessidade de serem amados e cuidados, pois, também são crianças, também precisam de cuidados, de pais responsáveis. Na minha percepção, eles não se apaixonaram porque são loucos, doentes, etc., mas porque confiavam apenas um no outro. Admiravam-se. Necessitavam de sua presença, pois eles eram tudo o que tinham. E seus irmãos eram a base e razão de suas vidas.

É um livro ambíguo e doloroso. Apesar de ser contra o incesto, torci muito para que tanto Maya quanto Lochan e as crianças tivessem um final feliz, para que fossem muito amados e protegidos como mereciam.

Porém, a vida e as circunstâncias foram muito injustas com eles. A mãe uma vaca total, foi quem acabou, exterminou grande parte de tudo que seus cinco filhos tinham. Ela a meu ver, foi a maior culpada de tudo que culminou no livro, pois independentemente de ser abandonada pelo marido ou não, ela também tinha suas responsabilidades como mãe, e fracassou deliberadamente, sem se importar. A maior culpada das incertezas, medos, angústicas e erros de seus filhos foi a falta dela. A falta de ensinamento, de proteção, de orientação que todo ser humano precisa desde a tenra idade e ela se negou a dar.

O final foi triste, doloroso, eu detestei, queria muito que tivesse sido diferente, embora compreenda a mensagem que a autora quis passar.

Gente, vocês PRECISAM ler!

É um livro intenso que me fez refletir muito, ainda mais para quem não tem filhos, fica aí para reflexão, até que ponto os pais podem chegar e o quanto eles machucam e marcam seus filhos. E também, que nem todo mundo está preparado, nasceu pra ser pai/mãe. Colocar um filho no mundo e deixa-lo jogado como se fosse um lixo é um abuso a vida. Reflitam...


Essa é a terceira resenha do mês de Abril para o Desafio Alfabeto Literário (Clique aqui para saber mais).
Esse mês trarei mais de uma resenha para o Desafio, não percam!
As iniciais correspondentes do mês são L e T.

Leia também as resenhas dos meses anteriores participantes do Desafio Alfabeto Literário:
* Janeiro: Redenção, Karen Kingsbury e Gary Smalley
* Fevereiro: Pollyana, Eleanor H. Porter
* Março: As Cinco Linguagens do Perdão, Gary Chapman e Jennifer M. Thomas

Beijos,
Ana M.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

#Resenha: O Poder da Criança que Ora, Stormie Omartian

E aí, gente, beleza??
Hoje o livro resenhado é uma coisinha fofa que amo muito, rsrsrsrs
confira!


O Poder da Criança que Ora é o terceiro livro da Stormie que li e que grata surpresa, veio com certeza, na hora certa!
Curtinho, rápido e extremamente benquisto e importante para nossa vida espiritual.

Escrito de uma forma simples para crianças de qualquer idade, embora seja primorosamente traçado, sem linguagens infantis demais, é focado em informar da melhor forma possível, sem restrições de idade e arranjos linguísticos.

Qualquer pessoa de qualquer idade poderá lê-lo e compreenderá perfeitamente, sem dar sono, rs.

A Stormie apresenta aqui fatos curiosos e preciosos para as crianças e que foi de grande serventia para mim.

Ela entrevistou várias crianças de idades diferentes e em cada capítulo conta sobre as experiências já vividas por esses pequenos através da oração.

Milagres de cura, notas boas em provas difíceis, perda de medos e fobias, e também uma coisa que me chamou muito a atenção:
as pequenas orações que transformam-se em grandes milagres.

Sabe aquela oração curtinha que muitas vezes fazemos? Do tipo: "Jesus, me ajuda nesta prova.", "Senhor, me ilumine.", "Meu Deus, me liberte do medo do escuro e me proteja de todos os perigos que possa haver em meu lar ou na escola", etc.

Orações simples, que pra mim nada mais eram que frases de "momentos conflitantes", a autora denota como Deus as ouve e as recebe, se forem feitas com fé e de todo o nosso coração.

Fiquei surpresa, ao constatar como muitas vezes falamos "Graças a Deus", "Me ajude, Senhor", "Ai Jesus, dai-me paciência", de uma forma leviana, e não percebemos que sim, Deus está nos ouvindo, está com a gente cuidando e protejando, embora falamos mais por desespero que por fé naquele momento.

A autora traz exemplos vívidos e impactantes de milagres que aconteceram na vida dessas crianças após clamarem essas frases com fé e total confiança no Senhor.

Achei lindo demais!!! Como o Pai nos ajuda tanto, e ouve sempre nossas súplicas e pedidos. Dos mais fáceis aos impossíveis. Ele está SEMPRE presente!

É um livrinho muito fofo, que ensina a gente a orar por tudo, desde pela vontade de ganhar um cachorrinho, a familiares enfermos, de uma forma simples e direta, incitando-nos a exercitar a fé e conhecer mais a fundo o nosso Pai Celestial.

Um dos pontos mais fortes da obra é ensinar as crianças a perdoar e se abrir mais com os pais. Muito importante e certíssimo, parabéns pra autora, por ter tocado nesses assuntos, que são meio que tabus, embora sejam fundamentais em um lar, no desenvolvimento de um ser humano de valor.

Muito lindo e superindicado, gente, leiaaaam!!
Independentemente de sua religião, leia, você vai sim amar, se envolver e aprender com as criancinhas a ser mais humilde e confiar mais Naquele que te deu a vida e te ama tanto!

Aprenda a se abrir cada vez mais com o Senhor e ser cada dia mais plena e abençoada!!!!

Um grande beijo,
Ana M.

Leia também as demais resenhas de Stormie Omartian aqui no blog:
- O Poder da Mulher que Ora (AQUI!)
- O Poder do Marido que Ora (AQUI!)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

#Resenha: A Lista de Brett, Lori Nelson Spielman

Oii gente, tudo beleza?
Tomara que sim!
Tem resenha nova hoje, confiram!


Já faz alguns meses que queria ler A Lista de Brett. Gostei muito da premissa + resenhas que li, e também a capa me encantou profundamente! Lindaaaa! Amei.

Posso dizer que amei a história também, apesar de ter deixado a desejar em alguns pontos.

Brett Bolingher está num relacionamento mórbido com Andrew, um babaca, diga-se de passagem, e após a morte de sua adorável mãe, sua melhor amiga, Brett se vê sem saída, afinal, acreditava que herdaria não só a empresa de cosméticos da mãe, como também, o cargo de diretora. Entretanto, Brett não herdou nada, apenas um diário velho que foi de sua mãe, uma lista com afazeres para termina-la em até 1 ano e ainda perdeu seu cargo de marketeira na empresa.

Ou seja, a vida de Brett virou de cabeça pra baixo, deixando desesperada e sem entender nada do que a mãe queria lhe dizer, e sem acreditar em si mesma.

Acontece que Elizabeth, a mãe de Brett, conhecia muito bem sua filha, e sabia que a moça vivia infeliz, por não ter coragem de lutar e buscar seus verdadeiros sonhos. Então, tem a grande ideia de deixar a cargo do advogado (um fofo, por sinal) Brad, uma lista que Brett fez com seus sonhos a realizar quando tinha 15 anos, e após joga-la fora, já desacreditada, Elizabeth a confisca e guarda afim de trazer sua filha de volta para a vida real. Pro seus sonhos.

Brett obviamente fica LOUCA com a mãe. Pobre, desempregada, totalmente insegura, apenas com a ajuda de Shelley sua cunhada e de Brad, o advogado, vai então tentar realizar os itens de sua própria lista com o intuito de conseguir a herança que a mãe lhe deixou, e que receberá apenas se cumprir com os 10 itens (sonhos). A cada item que ela consegue realizar, ganha uma carta do advogado escrita por sua mãe, explicando o porque daquilo e encorajando e emocionando Brett, mostrando o quão forte, corajosa e capaz ela é. E que tem sim, de realizar esses seus desejos antigos, para recuperar seu verdadeiro eu.

É um livro bonito, com uma escrita superfluída, li em umas 5 horas apenas, e é bem divertido, apaixonante. Conseguimos captar todo o amor de mãe e filha, e o como a Elizabeth queria que a Brett crescesse com suas próprias pernas, sem depender de ninguém, e que é claro, realizasse todos os seus sonhos, por mais loucos ou impossíveis que eles podiam parecer.

Eu amei o livro, me fez refletir muito, que a exemplo de Brett, também deixamos de lutar, de conquistar tantas coisas legais que queremos, que sim, fará diferença em nossas vidas, e a abandonamos, nem tentamos às vezes por medo, por falta de confiança em nós mesmos, e principalmente: por falta de amor próprio.

Como a Elizabeth deixa claro em uma de suas cartas para Brett: o amor é algo que não podemos jamais aceitar pela metade. Achei linda essa parte, pois ao longo dos meses a Brett vai tentando se apaixonar verdadeiramente (outro item de sua lista), e ela simplesmente aceita o que vem pela frente. Mesmo não sentindos-se amada e amando profundamente, ela simplesmente empurra aquele relacionamento com a barriga com medo de ficar sozinha, mesmo sabendo que o parceiro não aceita/quer o mesmo que ela.

A Lista de Brett é um livro engraçado e ao mesmo tempo reflexivo e intenso. Gostei muito, o que me decepcionou foi o final, pois ficou sem alguns detalhes importantes, coisas que fizeram diferença no livro todo e no fim não teve uma explicação aprofundada, fiquei chateada, queria saber mais!

Quase chegando ao final do livro, tem uma parte muito, mas muito emocionante que me tocou deveras! Chorei horrores! rsrs  Tive que parar a leitura pra chorar! Mas não se preocupem, é por uma coisa boa, não é tragédia, não.

Amei o livro e superindico para quem quer uma leitura reflexiva, rápida e divertida.
Aproveitem para repensar seus sonhos e criar laços fortes e que só lhes fazem bem! É o que vou fazer agora ;)


Essa é a segunda resenha do mês de Abril para o Desafio Alfabeto Literário (Clique aqui para saber mais).
Esse mês trarei mais de uma resenha para o Desafio, não percam!
As iniciais correspondentes do mês são L e T.

Leia também as resenhas dos meses anteriores participantes do Desafio Alfabeto Literário:
* Janeiro: Redenção, Karen Kingsbury e Gary Smalley
* Fevereiro: Pollyana, Eleanor H. Porter
* Março: As Cinco Linguagens do Perdão, Gary Chapman e Jennifer M. Thomas

Beijos,
Ana M.

domingo, 17 de abril de 2016

#Resenha #50: Como Lidar com a Sogra, Gary Chapman

Oii galereee, tudo certo??
Bora pra mais uma resenha =)


Como Lidar com a Sogra é o segundo livro de Gary Chapman que li, o primeiro foi As Cinco Linguagens do Perdão, e mais uma vez curti muito seu livro.

Este é bem curtinho, pode ser lido em uma hora, e fala abertamente sobre o como é incômodo sogras, noras, parentes e afins que se intrometem ou agem de uma maneira que nos incomodam, e como evitar danos sérios, brigas e constrangimentos em nosso casamento.

Por exemplo, a sua sogra compra muitas roupas para você, e você não só acha um desperdício de dinheiro, como também uma afronta, como se ela estivesse criticando seu modo de se vestir. Daí o dr. Chapman, de um jeito bem tranquilo ensina como podemos conversar com clareza, expor nossos sentimentos e vontades, compreendendo porque nossa sogra, genro, tia, avó, age daquela maneira que nos incomoda. Além de o entendermos, também podemos agir juntos, unidos de uma forma agradando a todos.

A sogra que gastava muito dando roupas novas para a nora, com o intuito de agrada-la, por exemplo, pode juntamente com a nora doar roupas para a caridade, guardar dinheiro para projetos que beneficiarão a ambos no futuro, investir em váriaaas coisas legais, sem ofender uma a outra. Mantendo um equilibrio no relacionamento de ambos e agindo mais, exercendo funções novas e agradáveis juntas.

O livro é bem curtinho e não tem mistério, é basicamente isso que o autor ensina: diálogo aberto sempre!
Falar com calma, carinho e respeito. Ouvir e ser ouvido, muda tudo. Criar acordos também funciona muito, por exemplo: os avós chegam tarde da noite atrapalhando a rotina do casal para verem os netos, e não gostam de não serem atendidos, não compreendendo o quanto estão exagerando e constrangindo a família.
Solução: conversar e estabelecer horários e dias padrões para visitas, afinal os pais, as crianças, etc., tem afazeres domésticos, escolares, tempo para recreação e descanso, enfim.

Um relacionamento NÃO é feito de acordos como num negócio. Mas sim, de acordos relativos com a dinâmica de cada um, com o tempo, a personalidade, a rotina, e a outra parte precisa entender e respeitar para não só ter um bom convívio, como também, para estabelecer uma família de amor, gratidão, respeito e união, mutuamente.
Ajustando horários, personalidades, preferências e afins.

Gostei muito desse livro, me fez aprender como agir educadamente em várias circunstâncias, sem criar brigas ou comentários indesejados. Da para manter um bom relacionamento com educação, respeito e paciência. Sempre!

Tomara que gostem e coloquem em práticas as dicas!

Leia também de Gary Chapman a resenha de As Cinco Linguagens do Perdão (AQUI).

Beijos,
Ana M.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

#Resenha: Doce Perdão, Lori Nelson Spielman

Oii galera, tudo bem??
Bora pra mais uma resenha?? #vamoquevamo rsrs


Doce Perdão é narrado em primeira pessoa pela protagonista, Hannah, que é apresentadora de um programa matinal voltado pelo público feminino, em Nova Orleans e há mais de 20 anos não fala com a mãe.

Após a traição da mãe e o divórcio dos pais, Hannah passa a ser manipulada pelo pai e decide não ver mais a mãe. Tendo não só raiva dela, mas também de seu padrasto, que além de ser o amante, o "causador" da separação dos pais, ainda por cima lhe causou muito sofrimento e marcas irreparáveis.

É um livro bem fluído e meu primeiro contato com a autora. Faz meses que queria ler A Lista de Brett também da autora, e por fim, acabei optando por ler esse primeiro, pois traz um assunto tãooooo polêmico, preocupante e essencial: o perdão.

É visível o quanto a falta de amor de mãe, de perdoar e ser perdoada faz a Hannah. Ela tem relacionamento conturbado com o prefeito da cidade onde vive, e está prestes a perder o emprego para Claudia, a nova assistente contratada de seu canal, que é uma pirua nojenta e dissimulada, que olhaaaaa, fiquem espertos com as Claudias que aparecerem em suas vidas, viu?! Conheço muiiiitaas anacondas assim!

Acontece que no livro está na moda as Pedras do perdão, que é assim: você recebe duas pedras de quem quer seu perdão, e se perdoar, devolve uma pedra à pessoa, e a outra você usa para pedir perdão. Confesso que fiquei meio confusa com essas trocas de pedras, mas ok.

Essa onda das pedras do perdão foram criadas justamente por Fiona Knowles, a ex-colega de classe de Hannah que além de praticar bullying contra ela ainda foi uma das responsáveis pela separação de seus pais.

O livro é envolvente sim. Gostei e me emocionei com algumas partes, porém, achei bem mal feito. Pois tipo, a Fiona errou feio, mas ela não teve culpa da mãe de Hannah cometer adultério. Cada um faz suas próprias escolhas independentemente das circunstâncias. E precisa sim, pagar por tais atos.

O perdão que Hannah quer receber da mãe, quando ela passa a analisar, percebe que na verdade é ela quem tem que pedir perdão pra mãe e pro padrasto, só que daí, quando enfim, ela vai pedir esse perdão, vem uma reviravolta alucinante, e ao chegar ao fim da leitura não sabemos afinal quem errou. É um assunto grave, tratado a meu ver, levianamente. Pois o atrito que causou a separação definitiva no passado entre Hannah e a mãe, é algo muito série e doloroso.

O final foi frustrante! Gente, uma coisa série dessas, um assunto polêmico, preocupante, e a autora não esclarece quem errou de fato. Deixando várias pontas e dúvidas pelo caminho.

Gostei bastante do livro, sim. Mas foi decepcionante também.

O relacionamento de Hannah com o prefeito é um caos total, e a sua carreira vai dar uma despencada geral, e também não ficamos sabendo o que aconteceu com as armações e problemas iniciais de Hannah.

Indico a leitura mais para passar o tempo, uma leitura rápida e ótima para discontrair. Nada muito reflexivo, apesar de algumas partes bonitas e profundas.

Confira alguns quotes bem bacanas que separei:
"Um pedido de desculpas não apaga nossos erros. É mais como passar uma borracha sobre eles. Sempre sabemos que o erro está ali, logo embaixo daquela aspereza no papel, e, se olharmos direito, ainda o vemos.Mas, com o tempo, nossos olhos começam a ignorar o erro, e só enxergamos o texto novo, mais claro desta vez, e escrito com mais reflexão."
"A verdade é que sou apenas uma menina diante de uma plateia, esperando perdão. Uma pessoa comum, como todo mundo, que só quer ser amada."
"Alguns amigos são como nossos moletons favoritos.
Na maior parte dos dias, optamos por blusas e camisetas. Mas o moletom está sempre ali, no fundo de nosso armário, confortável, conhecido e pronto para nos manter aquecidos nos dias de ventania."
"Às vezes você tem que se deixar cair. É quando você resiste, quando tenta interromper a queda, que se machuca."
"No fim, só podemos esperar que a luz que lançamos seja mais forte que a escuridão que criamos."

Quem aí já leu ou quer ler??
Conta pra mim nos comments, beleza?


Essa é a primeira resenha para o Desafio Alfabeto Literário, clique aqui para saber mais.
E já adianto que esse mês terá mais de uma resenha participando desafio  \o/
As iniciais correpondentes do mês são L e T.

Leia também as resenhas dos meses anteriores participantes do Desafio Alfabeto Literário:
* Janeiro: Redenção, Karen Kingsbury e Gary Smalley
* Fevereiro: Pollyana, Eleanor H. Porter
* Março: As Cinco Linguagens do Perdão, Gary Chapman e Jennifer M. Thomas


Beijos,
Ana M.