E aí, galera, tudo bem?
Hoje tem resenha de um livro que gostei demais!
Confira!
Já tem uns dois meses que comecei a ler desenfreadamente os livros da autora irlandesa Lucinda Riley, e tenho me divertido mais a cada livro. A Luz Através da Janela é um dos livros mais amados e bem falados dela e o li faz uns quatro dias e não consegui parar de pensar nele, nem sentar para escrever sobre.
Vou tentar hoje contar todas as emoções que senti ao realizar essa leitura, mas, confesso, não será fácil, isso, porque o livro conta muito sobre o período da Segunda Guerra Mundial, e esse é um tema que muito me agrada, embora também me assuste, com isso, fico bem sensível.
O livro começa então com a morte da mãe de Emilie De la Martinières, uma francesa muitíssimo rica, porém muito carente de afeto e atenção, já que seus pais nunca ligaram muito para ela, ao contrário, deixavam-na bem largada, sem se importarem muito com seu bem-estar emocional.
Agora, adulta e formada em veterinária, morando em Paris, volta pro interior da França para ficar com a mãe muito doente, que ao morrer, a deixa deslocada, ainda mais por ter certas mágoas e feridas não cicatrizadas com relação atos que sua mãe cometeu no passado. O advogado da família deixa claro que apesar de muito rica, a mãe de Emilie gastou muito e por isso ela terá que vender a casa grande da cidade e ficar apenas com o château e a vinícola da família, assim, poderia quitar as dívidas da mãe.
Dias depois Emilie conhece Sebastian, um jovem inglês que diz ser dono de uma galeria de artes e que ao saber da morte da mãe de Emilie, veio para visita-la e conversar sobre sua avó, Connie, uma ex-governanta da família de Emilie, dando início a nossa história.
Connie, é uma jovem inglesa com ascendência francesa, que após seu marido ser convocado para servir o exército britânico na Segunda Guerra Mundial, ela vai trabalhar também como espiã da Inglaterra na França, em 1943, só que ao chegar lá, uma série de desastres acontecem e ela quase acaba nas mãos dos nazistas, é salva pelo último plano de seu grupo de espionagem, e vai ficar na casa de Édouard De la Martinières (o pai de Emilie) se fazendo passar por uma prima distante e também ajudando mais tarde como governanta.
No dia em que chega, Connie é surpreendida por uma reunião nazista na casa de seu anfitrião, já que ele fingia aceitar os nazistas e tudo o mais, e é perseguida por um dos comandantes, tendo sua vida arriscada dia após dia e sobrevivendo com um medo constante de morrer.
O livro tem quase 600 páginas e é uma narrativa viciante, apesar de ter sim, algumas enrolações. Eu gostei muito mesmo das cenas sobre a guerra, eu acredito que sempre devemos ler sobre esse período tão triste da história para NUNCA mais deixarmos que aconteça novamente.
Porém, não foi um livro tão bom assim, teve algumas coisas que me decepcionaram um pouco.
A Emilie é uma mulher que apesar de rica e ter tudo do bom e do melhor, nunca teve muito amor dos pais, sempre foi muito solitária, e por negligência da mãe sofreu um trauma terrível na pré-adolescência que a marcou pra sempre. Ela é uma mulher muito vulnerável e com isso, deixa o Sebastian se aproximar até demais. Com essa conversinha de que é neto da Connie e que queria saber mais sobre o que a avó passou naquele château na época da guerra, ele faz poucas e boas com a Emilie, é claro que os dois se "apaixonam" e se casam gerando muitas mudanças.
O que me incomodou profundamente foi a passividade da Emilie ao decorrer da trama, com tudo o que ela descobria, com todas as reviravoltas e segredos que vieram à tona (e foram MUITOS!), e ela tava sempre lá, sentada apenas, ah, sei lá, faltou mais emoção, na minha opinião!
Sobre a Connie, gostei muito dela. Uma mulher forte, sensível, firme e fiel com seus amigos e com seus compromissos, ao ponto até de por sua vida em risco para ajudar quem precisava. O que não gostei também foi de sua passividade. Ela não é parente de Emilie, mas nisso, elas são parecidíssimas. Ela se arriscou muito, passou por MUITOS problemas mesmo e não fez nada pra mudar, simplesmente deixou, em busca do "bem maior", pensando que se sofresse calada, ajudaria a por um fim à guerra.
Eu entendo os motivos dela e sua firmeza na decisão de lutar e não fugir, porém, quando sua vida e felicidade está em risco, você precisa pensar mais em si mesma, e não confiar ou entregar tanto sua vida nas mãos dos outros, ainda mais na de nazistas.
O livro traz, como eu disse lá em cima, muitas e muitas reviravoltas. Nos faz questionar até que ponto o ser humano é capaz de ser mal, por que causa tanta dor? Em nome de quê?
Me fez admirar ainda mais as pessoas que assim como a Connie lutaram pelo o fim da guerra com suas próprias vidas.
O final fechou um ciclo e colocou os pingos nos is. Foi como se alguns erros do passado, finalmente tivessem sido perdoados.
Gostei bastante da leitura, não dá pra eu falar mais, porque eu poderia soltar algum spoiler, só acho mesmo que poderia ter mais emoção e mais atitudes das protagonistas.
* Leia também as demais resenhas dos livros da Lucinda Riley já publicados aqui no blog:
Essa é a primeira resenha de Dezembro do Desafio Literário Livreando 2018.
Da opção: um livro que muitos amaram.
Saiba mais sobre o Desafio do querido blog Livreando, CLICANDO AQUI!
Beijos,
Ana M.
Oi Ana,
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler um livro da autora, ouço bastante opiniões positivas sobre a escrita e o enredo.
Gosto muito também de histórias que envolvam guerra e romance, por esse motivo o livro me chamou a atenção, mas essa passividade da personagem Emillie me deixa receosa em ter uma história irritante para mim. Mas gostei da sua opinião sobre o conteúdo.
Bjim!
Tammy