quarta-feira, 19 de abril de 2017

#Resenha: Aborto Interrompido, Francine Rivers

Oie galerinha, tudo em cima?
Aiii hoje tem uma resenha de um livro que foi perfeito pra mim. Surpreendente! Sem igual!
Sei que não tenho palavras para descrever o quanto ele foi emocionante para mim!

Confira e vejam por si mesmos, rs


Já faz mais de 2 anos que quero ler Aborto Interrompido, da autora cristã americana, Francine Rivers.

Mas o livro já estava há anos esgotado. Demorei muito para encontra-lo e assim que chegou, devorei! Porém, confesso que ele me tocou tanto que é difícil por em palavras!

Para quem ainda não conhece a Francine Rivers, ela uma autora cristã, no entanto, se você não é cristão, não se preocupe, a Francine escreve sobre assunto muito atuais, sobre problemas seríssimos, preconceitos e afins, juntando isso a toda transformação e perdão que vem Deus. Seus livros em suma, são portadores de graça! Uma chave para conhecer mais afundo os planos e amor de Deus para nossa vida!

Não tenha medo de ler os livros dela! São muito lindos e emocionantes! Inesquecíveis!

Em Aborto Interrompido conhecemos a jovem de 20 anos Dynah Carey. Dynah é cristã, estudava numa faculdade longe dos pais e lá conheceu o seu noive, Ethan, que está estudando para ser pastor.
Dynah sonha em casar virgem, seguindo ao máximo todos os preceitos de Deus, de coração ela é uma serva e adoradora, realmente tem fé.

Porém, numa noite em que Ethan está dando aulas de estudos bíblicos e seu carro está com problemas mecânicos, Dynah precisa pegar um ônibus para chegar ao apartamento no campus da faculdade. Só não contava que naquela noite fria e deserta, ela seria seguida por um carro, antes e depois de descer do ônibus, e então, no parque ao lado da entrada do campus, seria surpreendida por um homem, devido a escuridão quase total, não viu seu rosto, e mal consegue lutar e gritar contra ele que a agarra violentamente. Assim, dai é estuprada.

Vizinhos do campus escutam os gritos de Dynah, chamam a polícia que logo a encontram. Totalmente chocada, embargada nas lágrimas e no medo. Com marcas pelo corpo, pelo rosto, na alma.

Ao ser levado para o hospital, Dynah se sente extremamente mal. Perdida. Infeliz. Entorpecida.
Por ela ter sido virgem até então, o exame que é sujeitada é horrível, constrangedor e dolorido e quando o médico quer lhe dar um abortivo quase ela possa estar grávida, Dynah assustada recusa.

Os dias que seguem são terríveis. Dynah conta com a ajuda do seu grande amigo Joe, sua colega de quarto Janet e seu noivo, tão perfeito, tão metido a perfeitinho cristão, passa a despreza-la, chega a sentir nojo e repulsa pela noiva ser mais virgem.

Dynah sem saber o que fazer, como agir, ainda muito traumatizada, não conta aos pais que moram em outro estado para não assusta-los. Até que dois meses depois daquela fatídica noite, Dynah descobre que está grávida. Grávida sem seu consentimento. Uma concepção através da violência sexual. Um trauma que Dynah tem certeza que não esquecerá jamais!

Nesse mundo nebuloso em que se encontra, Dynah decide voltar para casa, e aí, começa mesmo o seu suplício.

Primeiramente eu gostaria de dizer a vocês, leitores do blog, que seja qual for sua opinião, eu a respeito. E peço que respeitem também a minha própria visão, e a que a autora passa nessa trama.

Não estou resenhando esse livro afim de constranger ou criticar, ou mesmo, tentar mudar a opinião de outrem, mas sim, pensar, refletir, aprender e também me emocionar com essa história.

Ao chegar a casa dos pais, Dynah não recebe apoio nenhum. É praticamente obrigada pela mãe e principalmente pelo pai a ir a uma clínica de abortos - que é legalizada nos EUA e em alguns países da Europa - Dynah está mal, depressiva, traumatiza. Não quer essa criança. Ethan, a escorraçou. Chamou seu bebê de monstro e depois de muito humilha-la, terminaram o noivado.
Ele também "muito inocentemente" contou ao reitor da faculdade "cristã", que ela estava grávida, e mesmo nas circunstâncias violentas que ela fora submetida, o reitor a expulsa da faculdade.

Então imaginem a cabeça dessa moça. Terrível né? Parece que o mundo desabou em sua cabeça!
Sem apoio dos pais, dos amigos, de quase ninguém, mas... sim, de duas pessoas extremamente especiais: seu amigo Joe, e o Espírito Santo de Deus, que passa a falar com ela. E mesmo falando, Dynah por medo, pela situação tão delicada e falta de apoio da família, fica na dúvida entre fazer ou não o aborto.

Gente, eu AMEEEEEI demais esse livro! Perfeito. Assim como Amor de Redenção, ele traz à tona muita sujeira humana. Muita maldade. Falta de dignidade. Esse livro não é bem uma crítica às mulheres que cometeram um aborto, até porque li numa resenha (não vi uma confirmação da autora, mas pareceu verdadeira) americana sobre o livro que a autora também antes de se converter ao cristianismo cometeu um aborto.

Francine Rivers com esse romance mostrou o lado da fé: que como o Espírito Santo dizia a Dynah, pra Ele, com Ele, ela conseguiria passar por aquela situação. Que com Ele, sempre há jeito!

E também, a autora quis mostrar a hipocrisia das igrejas, dos pseudos crentes. Os pais e amigos de Dynah, o reitor e até um pastor, chegaram a orienta-la abertamente a fazer o aborto. Julgaram-na. Desconfiaram da veracidade do estupro. Enfim, foram tudo gente, menos filhos do Deus Altíssimo, porque quem tem Jesus no coração, ama, perdoa, ajuda, e não agem como eles agiram, com tanto ódio e julgamentos.

O que fizeram com a Dynah, olha, foi praticamente crime. Como negaram ajuda a essa jovem.

Dynah vai meio que enfraquecer na fé, perguntando frequentemente a Deus o porque de ter passado por tamanha violência e ainda ter de carregar no ventre o filho de um monstro, que nem o rosto ela viu! Nem pode denunciar, fazer retrato falado nem nada, por não saber como ele é.

Joe é um excelente amigo! Ele não só a encorajou a ter a criança, como também, lhe deu força, deixando claro, o quanto ela é importante pra ele e pra Deus, independentemente da decisão que tomasse.

Dynah passará por medos de diversos níveis. Muitas provações, cogitam tirar a própria vida.

O final foi especialmente surpreendente!

Meu Deus! Foi lindo!

Dynah aprendeu que muitas vezes não conseguimos encontrar o porque de violências e dificuldades que sofremos. Nem sempre Deus nos dará respostas. Mas sempre, sempre, Ele nos estende sua abençoada Mão.
Ele nunca nos abandona, e desde o ventre, já somos Seus preciosos filhos.

A mãe e a avó de Dynah, e mais alguns outros personagens secundários que vão aparecendo na trama, ao saberem do que aconteceu com ela, voltam ao passando, narrando suas próprias histórias, traumas e falhas. O aborto está inserido na vida de todos de uma forma ou de outra. Direta ou indiretamente. E com a determinação e dúvidas de Dynah, eles passam a refletir mais e também a buscar na fé a redenção e perdão por seus erros passados.

A autora também aponta a dolorosa realidade do ato de abortar. Não só das mães sofrerem pressões psicológicas do pai do bebê ou dos demais familiares, como também, das dores do ato, como eram enganadas achando que não doía nada, mas na maioria, ficavam literalmente estouradas por dentro e até algumas estéreis. E como a grande maioria dessas mães nunca conseguiram esquecer seus bebês mortos e perdoarem-se.

É triste. É forte. Toca, e toca profundo.
Te faz refletir sobre a escolha de abortar. Como eu disse, não crítica opiniões diferentes, mas mostra a realidade. Toda a dificuldade de o abortar e o não. E o melhor, o que eu mais gostei: mostra que independentemente de como aquela criança foi concebida, ela é inocente e digna de muito amor. Digna de uma mães. Digna de uma família.

É um livro precioso. Incrível! Todos deveriam ler sendo homens ou mulheres, até porque gente, os homens não têm útero, mas têm sim, a meu ver, que questionarem e refletirem sobre o aborto, porque né, não existe filho sem pai. E outra, convenhamos que a 99% das mães que abortam, é justamente por terem sido abandonadas pelos pais das crianças. Não importa se não eram seus maridos legítimos ou não. Muitos homens obrigam, infringem o aborto à essas mulheres, e depois a abandonam, com esse peso da dor a carregar pelo resto de suas vidas.

Enfim, gente, leiam o livro, é imperdível!
Quem quiser saber onde eu comprei, me chama lá no face que mando o link.

Espero que essa leitura toquem vocês, como me tocou!

* Leia também as resenhas dos livros de Francine Rivers:



Essa é a primeira resenha de Abril do Desafio Literário Livreando 2017.
Da opção: livro com duas palavras no título.
Saiba mais sobre o Desafio do querido blog Livreando, CLICANDO AQUI!

Um grande beijo!
Ana M.

3 comentários:

  1. Caramba tema forte esse amiga, adorei a sua resenha mesmo muito bem escrita e tive vontade de ler, porém, eu em caso de estupro sou a favor do aborto, eu sei lá, não sei se conseguiria conviver com o fruto de uma pessoa que fez tal coisa e nem teria coragem de abandonar em um orfanato sem saber que tipo de pessoa eu possa deixar pro mundo.
    Como disse, é uma questão complicada, polêmica e dolorosa.

    Beijos e parabéns pela resenha.

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  2. Oii!!
    Agora estou de olho nesse livro...

    Menina, parece muito bom!! Eu li a resenha "pulando" porque vi que tinha alguns detalhes da história e eu gosto de ser surpreendida lendo o livro, mas li todo o fim (com suas reflexões). Parece que trata o tema de uma forma bem realista, coerente, etc. Com certeza é uma ótima pedida. Ainda mais que eu já sou encantada pela escrita da Francine.

    Abraços!!

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  3. Eu só li Amor de Redenção da autora e amei. Achei bacana a coragem dela de falar sobre esse assunto tão delicado que é o não aborto ainda mais sob essas circunstâncias. Parabéns pela resenha, me deixou realmente curiosa!

    Ps: que noivo idiota!!! Já quero bater nele! Argh!

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Ana M.