quinta-feira, 14 de abril de 2016

#Resenha: Doce Perdão, Lori Nelson Spielman

Oii galera, tudo bem??
Bora pra mais uma resenha?? #vamoquevamo rsrs


Doce Perdão é narrado em primeira pessoa pela protagonista, Hannah, que é apresentadora de um programa matinal voltado pelo público feminino, em Nova Orleans e há mais de 20 anos não fala com a mãe.

Após a traição da mãe e o divórcio dos pais, Hannah passa a ser manipulada pelo pai e decide não ver mais a mãe. Tendo não só raiva dela, mas também de seu padrasto, que além de ser o amante, o "causador" da separação dos pais, ainda por cima lhe causou muito sofrimento e marcas irreparáveis.

É um livro bem fluído e meu primeiro contato com a autora. Faz meses que queria ler A Lista de Brett também da autora, e por fim, acabei optando por ler esse primeiro, pois traz um assunto tãooooo polêmico, preocupante e essencial: o perdão.

É visível o quanto a falta de amor de mãe, de perdoar e ser perdoada faz a Hannah. Ela tem relacionamento conturbado com o prefeito da cidade onde vive, e está prestes a perder o emprego para Claudia, a nova assistente contratada de seu canal, que é uma pirua nojenta e dissimulada, que olhaaaaa, fiquem espertos com as Claudias que aparecerem em suas vidas, viu?! Conheço muiiiitaas anacondas assim!

Acontece que no livro está na moda as Pedras do perdão, que é assim: você recebe duas pedras de quem quer seu perdão, e se perdoar, devolve uma pedra à pessoa, e a outra você usa para pedir perdão. Confesso que fiquei meio confusa com essas trocas de pedras, mas ok.

Essa onda das pedras do perdão foram criadas justamente por Fiona Knowles, a ex-colega de classe de Hannah que além de praticar bullying contra ela ainda foi uma das responsáveis pela separação de seus pais.

O livro é envolvente sim. Gostei e me emocionei com algumas partes, porém, achei bem mal feito. Pois tipo, a Fiona errou feio, mas ela não teve culpa da mãe de Hannah cometer adultério. Cada um faz suas próprias escolhas independentemente das circunstâncias. E precisa sim, pagar por tais atos.

O perdão que Hannah quer receber da mãe, quando ela passa a analisar, percebe que na verdade é ela quem tem que pedir perdão pra mãe e pro padrasto, só que daí, quando enfim, ela vai pedir esse perdão, vem uma reviravolta alucinante, e ao chegar ao fim da leitura não sabemos afinal quem errou. É um assunto grave, tratado a meu ver, levianamente. Pois o atrito que causou a separação definitiva no passado entre Hannah e a mãe, é algo muito série e doloroso.

O final foi frustrante! Gente, uma coisa série dessas, um assunto polêmico, preocupante, e a autora não esclarece quem errou de fato. Deixando várias pontas e dúvidas pelo caminho.

Gostei bastante do livro, sim. Mas foi decepcionante também.

O relacionamento de Hannah com o prefeito é um caos total, e a sua carreira vai dar uma despencada geral, e também não ficamos sabendo o que aconteceu com as armações e problemas iniciais de Hannah.

Indico a leitura mais para passar o tempo, uma leitura rápida e ótima para discontrair. Nada muito reflexivo, apesar de algumas partes bonitas e profundas.

Confira alguns quotes bem bacanas que separei:
"Um pedido de desculpas não apaga nossos erros. É mais como passar uma borracha sobre eles. Sempre sabemos que o erro está ali, logo embaixo daquela aspereza no papel, e, se olharmos direito, ainda o vemos.Mas, com o tempo, nossos olhos começam a ignorar o erro, e só enxergamos o texto novo, mais claro desta vez, e escrito com mais reflexão."
"A verdade é que sou apenas uma menina diante de uma plateia, esperando perdão. Uma pessoa comum, como todo mundo, que só quer ser amada."
"Alguns amigos são como nossos moletons favoritos.
Na maior parte dos dias, optamos por blusas e camisetas. Mas o moletom está sempre ali, no fundo de nosso armário, confortável, conhecido e pronto para nos manter aquecidos nos dias de ventania."
"Às vezes você tem que se deixar cair. É quando você resiste, quando tenta interromper a queda, que se machuca."
"No fim, só podemos esperar que a luz que lançamos seja mais forte que a escuridão que criamos."

Quem aí já leu ou quer ler??
Conta pra mim nos comments, beleza?


Essa é a primeira resenha para o Desafio Alfabeto Literário, clique aqui para saber mais.
E já adianto que esse mês terá mais de uma resenha participando desafio  \o/
As iniciais correpondentes do mês são L e T.

Leia também as resenhas dos meses anteriores participantes do Desafio Alfabeto Literário:
* Janeiro: Redenção, Karen Kingsbury e Gary Smalley
* Fevereiro: Pollyana, Eleanor H. Porter
* Março: As Cinco Linguagens do Perdão, Gary Chapman e Jennifer M. Thomas


Beijos,
Ana M.

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Ana M.