Oii, gente, tudo bem?
Hoje eu vim contar uma novidade!
Nesse começo de ano, fiz um curso de escrita de 10 exercícios do @pula1linha muito legal e que me fez pensar muito! 😍😁
E um dos exercícios era escrever como seria um casamento em 2086 pela visão de uma convidada. E descrever o que teria dos dias atuais daqui a 66 anos.
Eu fiquei pensando em colocar Extraterrestres entre nós, hahahaha, mas, ao me recordar de algumas distopias que li, em que as pessoas não podiam escolher seus cônjuges, escrevi esse conto e queria compartilhá-lo com vocês! 💝
Hoje eu vim contar uma novidade!
Nesse começo de ano, fiz um curso de escrita de 10 exercícios do @pula1linha muito legal e que me fez pensar muito! 😍😁
E um dos exercícios era escrever como seria um casamento em 2086 pela visão de uma convidada. E descrever o que teria dos dias atuais daqui a 66 anos.
Eu fiquei pensando em colocar Extraterrestres entre nós, hahahaha, mas, ao me recordar de algumas distopias que li, em que as pessoas não podiam escolher seus cônjuges, escrevi esse conto e queria compartilhá-lo com vocês! 💝
Um casamento em 2086
Ana I. J. Mercury
Finalmente o casamento da Stephenie com o Maurício. Que festa esplendorosa! Pegou a todos de surpresa. Aliás, todo o relacionamento deles nos surpreendeu.
Na atualidade, 2086, casamentos por amor não existem mais. Os jovens satirizam quando encontram nas caixas de velharias dos pais, com singelas e encantadoras fotografias dos casamentos de seus avós e bisavós, a prova do que um dia foi a grande celebração do amor. Agora, assinamos apenas um contrato de sociedade perante o juiz e duas testemunhas, para selar o destino de um casal que confiou um no outro para se ajudar nos projetos administrativos. As porcentagens bem calculadas e divididas no cartório, e assim, seguimos sócios casados e não mais parceiros de vida.
Sinto falta da minha infância, ainda existiam poucos que se casavam por amor e era tudo tão lindo. Os detalhes todos que envolvem o romantismo me arrebatam. Mas nunca realizei o sonho de me casar desse jeito, livre de amarras e sem pensar em ser uma reles sócia, ao invés de esposa.
A noiva vem entrando de braços dados com o pai, deixando todos de boca aberta com a ousadia de usar a tal marcha nupcial. Meus olhos ficam umedecidos ao visualizar minha prima de segundo grau realizar o que sempre sonhei. Mesmo aos 71 anos, ainda há em mim aquela doce mocinha à espera de seu amor.
Ao se aproximar do altar, o noivo enlaça em seu braço com um sorriso orgulhoso e o pastor dá início a cerimônia. Presto atenção, embora meus olhos insistem em reparar em cada detalhe tão precioso e raro: o vestido de renda branca adornado com um véu e uma tiara de flores, que deixam a noiva com uma aparência angelical. As flores coloridas de seu buquê, que logo mais será jogado para as solteiras da festa, "será que devo tentar pegá-lo?", me questiono, e rio em seguida, de mim mesma.
Toda a decoração é inspirada nos casamentos dos anos 1990, com muitos doces e um bolo enorme decorado com flores de açúcar. Numa vitrola - sim, elas existem! - toca uma doce e esperançosa canção, Love of my life, de uma banda que ainda é muito amada, o Queen. No carro dos noivos têm latinhas amarradas no para-choque para que todos que cruzarem com eles pelas ruas hoje, saibam que são recém-casados. E agora a valsa começa fazendo meu coração explodir de ternura e sonhos.
Beijos,
Ana M.
Beijos,
Ana M.
Hahahaha que delícia de texto, amei. Poderia inventar mil coisas e fazer a gente viajar no cenário de um casamento em 2086, mas o que justamente amei foi você fugir do óbvio e mostrar o saudosismo de um casamento dos dias de hoje no futuro. Jogada de mestre, eu diria! Amei! Parabéns! Gostei da narrativa, pude até me sentir presente no casamento.
ResponderExcluirBeijo, beijo!
She