quarta-feira, 29 de abril de 2020

Resenha: As coisas que fazemos por amor, Kristin Hannah

Boa tarde, gente!
E aí, estão gostando das resenhas?
Como vocês podem ver, li vários gêneros esse mês.
Aproveitei a quarentena pra relaxar e só ler, sem ficar tãoooo preocupada!
Então, aproveitem pra ler também e nada de ficar batendo perna por aí, hein?

Trago polêmicas, Brasil! hahahaha  As coisas que fazemos por amor é o quinto romance que leio da autora americana Kristin Hannah, e sim, podem brigar comigo, não gostei de nenhum livro dela!

Sério, eu sempre tento, inclusive tenho o A grande solidão aqui pronto para ser lido, e ainda insisto porque pensa numa autora que me indicam, e pensa numas resenhas incríveis!! Pois é!!

Amoooooo a escrita dela! Que obra de arte! Só que não curto seus dramas e a personalidade de seus personagens, o que me faz não gostar de suas histórias.

As coisas que fazemos por amor, eu até gostei, com alguns poréns, então, vamos lá!

Temos Angela, uma mulher que já tá entrando nos 40 e acaba de sair de um divórcio traumático. Tinha tudo pra viver feliz para sempre com o marido Conlan: ambos ricos, bonitos, alegres e apaixonados. Se não fosse por um problema: ela não consegue engravidar.

Na verdade, ela até engravida, mas acaba perdendo todos os bebês. A única bebezinha que nasce, morre uma semana depois.

Aqui começa o problema: não há detalhes do que a Angela tem que a impede de seguir com essas gestações e o porquê da bebê ter morrido também.

Não há detalhes de como o Conlan reagia, só que a Angela o evitava.

Logo no começo sabemos que eles levaram para casa uma adolescente que engravidou solteira e iria doar o bebê. Lhe deram de tudo, entretanto, quando o bebê nasceu, ela fugiu com ele.

Por que é importante destacar? Porque esses acontecimentos trágicos na vida da Angela, na minha opinião, não mudaram a pessoa incrível que ela é, só que me INCOMODOU MUITO a família dela jogar na cara dela o tempo todo esses desastres, como se fossem tudo culpa dela e como se ela fosse uma louca, principalmente por ter abrigado a jovem.

Aí, seu casamento acaba, ela está depressiva, e após a morte do pai, o restaurante da família que fica no interior, está a falência. Ela volta morar perto da mãe e das duas irmãs mais velhas, para tentar recomeçar e ajudar no restaurante.

A família dela é insuportável, trata ela como uma desiquilibrada e sempre que alguém engravida, fica fugindo e lhe lançando olhares como se ela fosse roubar o feto.

Gente, fiquei chocada em como a Angie é maltratada! Olha, como eu disse, não há detalhes suficientes que mostram o comportamento dela depois dos abortos, mas tratam ela como uma pessoa completamente louca. Me deu muita dó, e me questionei, será que as mulheres da vida real que não conseguem engravidar são tratadas dessa maneira grotesca também? Fiquei pasma.

Mas nesse vai e vem tentando recuperar o restaurante, ela contrata Lauren, uma menina de 16 anos, que sempre foi criada com descaso pela mãe, que vive bêbada e com um namorado diferente por noite.

Nunca conheceu o pai, nem os avós, Lauren sonha em ter uma família e acredita que o namorado a ama mais que tudo. Até engravidar, e ele que é rico, praticamente a obriga a fazer um aborto ou doar o bebê.

Trabalhando de garçonete no restaurante, Lauren se tornará uma grande amiga de Angie, trazendo muitas alegrias e questionamentos para todos de sua família.

Angie a ama como filha, se compadece da vida pobre e de abandono que a menina vive, e quando a vê grávida e sozinha, só pensa em lhe dar amor e colo.

Lauren busca tantas coisas que não teve com a mãe em Angie. Uma família. Colo. Mais do que amizade. Algo que nem ela sabe interpretar.

Porém, a chatice da família da Angie se coloca no meio. O ex-marido volta. E muitos perrengues acontecem...

Não se preocupem que não soltei spoiler, TUDO que contei está na sinopse mesmo.
Pela sinopse pensei que seria uma coisa, mas foi outra. Todo o drama está no amor materno que falta para a felicidade e satisfação das protagonistas. E o desenrolar dos fatos foi muito bom e emocionante.

Porém, faltou algumas explicações. A autora passou pano pra muita injustiça e machismo. Além da família da Angie mais atrapalhar que ajudar, e serem insuportáveis do início ao fim.

Quanto a Angie, adorei ela. Foi forte, guerreira, errou muito, mas soube reconhecer e seguir seu coração. 

A Lauren passou pano demais pro namorado covardão, mas entendo ela. Sua falta de amor lhe fez se rebaixar, entretanto, gostei também da garra que ela demonstra no final.

É um livro cheio de emoção, mostrando todo o amor que necessitamos e nem sabemos como buscar ou retribuir. Como é importante manter o coração aberto e ajudar o próximo.

Enfim, eu gostei sim. Só que a passação de pano me irritou bastante e o final ficou um pouco aberto.
Tirando isso, ótima leitura, e claro, indicadíssimo!

Essa é a quinta resenha de abril do Desafio Literário Livreando 2020.
Da opção: que começa com a 1ª letra do meu nome = A.
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Beijinhos,
Ana M.

Resenha: Sulwe, Lupita Nyong'o

Bom dia, pessoal!
Bora pra resenha de um livro lindo e cheio de significados!
Confira!

Sulwe da autora e atriz queniano-mexicano Lupita Nyong'o conta a história da menininha Sulwe, que nasceu com a cor da meia-noite, diferente de seus familiares e amigos.

Se sentindo feia e sem conseguir fazer amigos por ser negra, Sulwe pede aos céus e as estrelas que lhe torne clara. E, ao ser respondida, passa por uma aventura mágica. 

Essa aventura dos céus é tão carregada de amor e significados! Mostrando não só a Sulwe, mas a todos os leitores, o que quanto merecemos ser amados, admirados e ter nossos sonhos realizados, independentemente da nossa cor, etnia, nacionalidade, etc.

A dor da Sulwe é palpável e me doeu imaginar uma criança não gostando da própria cor, além de me fazer lembrar de que na minha infância eu tinha milhares de inseguranças com meu corpo e que perdi boas oportunidades por me achar inferior.

Um livro lindo, com ilustrações maravilhosas e que com poucas palavras, a autora soube trazer uma história de amor, empoderamento e luta contra o racismo. E ainda me fez me aceitar um tanto mais

A fala da mãe da Sulwe sobre o quanto ela é linda e especial sendo quem ela é, e a nota da autora sobre sua visão de si mesma quando criança, me emocionaram muito!

Indicadíssimo!

Essa é a quarta resenha de abril do Desafio Literário Livreando 2020.
Da opção: com personagem negra.
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Beijinhos,
Ana M.

Resenha: A voz da sereia volta neste livro, Amanda Lovelace

Bom dia, gente!
Bora pra mais uma resenha de poesias!
Confira!

A voz da sereia volta neste livro da autora americana Amanda Lovelace é o terceiro que leio da autora, e confesso que esse foi o que menos gostei.

Os outros dela que li em janeiro curti e me emocionei muito. Porém, nesse, achei as poesias bem misturas e sem muito sentido. Algo bem abstrato e que me deixou confusa, rsrs.

Sei que poesias são para serem sentidas, mas essa obra realmente não me cativou, faltou algo a mais.

Porém, não posso deixar de ressaltar que, embora poucas, tiveram poesias que achei lindas e sinceras, por falarem sobre amor próprio, recomeços, aceitação e luta contra relacionamentos abusivos.

Algumas são também beeeem carregadas de traumas, dores e pesos da alma. Foram mais como um desabafo mesmo da autora. Achei bem dolorosas, embora reais, de dar angústia em sentir a verdade em cada palavra, da dor que permeia tantas mulheres.

Outras poesias sobre corpo e inaceitação também achei tocantes e tristes.

É um livro dinâmico e com muito drama. Bom para repensar em tudo que podemos melhorar em nossas vidas.
Essa é a segunda resenha de abril do Desafio Literário Livreando 2020.
Da opção: capa roxa.
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Beijinhos,
Ana M.

Resenha: Milk and honey, Rupi Kaur

Bom dia, gente!
Tudo bem?
Como foram suas leituras de abril?
Li muitoooooo! Eeeeh!
E hoje sai seis resenhas! Aeeeh!
Confira!

Milk and honey da autora indiana Rupi Kaur é um dos melhores livros de poesia que já li.

Com poesias simples, curtinhas e diretas, a autora marca bem todo o poder e luta das mulheres. Exaltando o amor próprio e a importância de sermos felizes com nossas escolhas sem dar ouvidos para críticas infindáveis, sermos sempre autênticas, e etc.

Relacionamentos amorosos também são citados, principalmente os abusivos, o mal que eles nos fazem e toda a libertação que, nós, mulheres, precisamos fazer acontecer, e não aceitar mais gente escrota em nossa vida.

Perdas inevitáveis, danos psicológicos que tudo isso pode nos causar, e a redenção de sempre recomeçar, sem culpas, mágoas e malas pesadas demais que já não cabem dentro de nós...

As incertezas da vida e dos relacionamentos aqui são descritos de uma forma tão pura, particular e sensível, e ao mesmo tempo, muito real para todas nós. Me fez questionar tantos tipos de relacionamentos que ja vivi e vejo por aí.

Algumas poesias me deixaram muito emocionada, por serem tristes, como um grito de socorro...

Enfim, uma leitura leve e muito interessante.

Indico!
Essa é a primeira resenha de abril do Desafio Literário Livreando 2020.
Da opção: autora indiana.
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Beijinhos,
Ana M.