quarta-feira, 19 de setembro de 2018

#Resenha: A Rosa da Meia-noite, Lucinda Riley

E aí, gente, tudo beleza?
Hoje tem resenha de um livro que me surpreendeu bastante!
Confira!

Eu já tinha lido A Casa das Orquídeas e não tinha gostado tanto, porém, resolvi dar mais uma chance para outro livro da autora irlandesa, Lucinda Riley, e comecei A Rosa da Meia-noite ano passado. Entretanto, no começo a história não me cativou e abandonei logo nas primeiras páginas.

Esses dias vi alguns livros dela na net e as capas sempre me chamaram muito a atenção, por isso resolvi voltar a ler A Rosa da Meia-noite, e me arrependi de não ter lido-o antes!

Que livro bom!

Uma história de amor com mistério, drama e muitaaaaa cultura!

A Casa das Orquídeas não me ganhou devido aos personagens serem tão chatos kkkkk mas eu já tinha gostado muito da autora misturar países e culturas tão diversas, e nessa obra não é diferente, como em todos os outros livros da autora, há capítulos narrados no presente e outros no passado, cada um em um país diferente. Adorei isso! Amo demais livros que mostram aberta e ricamente a cultura de outro país.

O livro conta a história de Annahita Chavan, uma jovem indiana de 11 anos, que após perder o pai, vive com a mãe uma vida pobre e sem rumo, esperando crescer e fazer um casamento que a supra. Anni adora aprender e tem um dom espiritual, por assim dizer, que herdou da mãe, dom este que a avisa se alguém vai morrer ou que acabou de morrer e que traz todo um sentido novo para a história.

Numa viagem, ela acaba conhecendo a filha do marajá e da linda e popular marani, Indira, e se tornam grandes amiga, tanto é que Indira fica doente longe da amiga, "obrigando" Anni a ir morar com ela.

O melhor que poderia acontecer na vida da menina é ir morar no palácio do marajá. Ela não é apenas tratada como filha, como também recebe amor e apoio da marani e pode estudar o que quiser, seu sonho e de seu pai, e que depois da perda dele, teve que tentar esquecer, já que suas condições não lhe permitiam ir além.

Quando as meninas estavam com 14 anos, a marani as leva para a Inglaterra cursar uma boa escola, e lá muitas confusões e corações se desabrocham, pois, com o estouro da Primeira Guerra Mundial, elas precisam deixar a escola e ir morar na casa de conhecidos da marani. 

Nessa casa, Anni conhece Donald e se apaixonam rapidamente, o problema é que a família dele está falida (querem o obrigar a se casar com uma herdeira rica) e ainda por cima sua mãe é bem xenofóbica e totalmente preconceituosa, o que poderá minar a relação.

Nos dias atuais conhecemos a jovem atriz americana Rebecca, que vai à Inglaterra para filmar um filme de época que se passa numa casa alugada, sim, a mesma que Anni e Indira moraram quando moças. Lá, ela conhecerá o Lord herdeiro também falido e o jovem recém chegado da Índia, Ari, que tem uma história peculiar e que envolverá esses três na história de mais de 80 atrás de Annahita e Donald.

Tudo isso que contei não é spoiler, fiquem tranquilos!
A história parece simples, todavia, é cheeeeia de ligações e muitas surpresas!

O que o Ari vem fazer na Inglaterra é muito curioso e quando vamos descobrindo aos poucos, as surpresas e a ansiedade pra ler tudo é sem fim! Tanto é que o livro tem quase 600 páginas e li em apenas dois dias, porque eu simplesmente não conseguia largá-lo.

A vida da Anni é cheia de altos e baixos, e ela é uma jovem muito honesta e prestativa, quando se apaixona, dá tudo de si, e com isso abre um novo caminho para si, que muda sua vida parecendo. Trazendo coisas boas e é claro, ruins também, senão não seria amor. kkkkkk

Eu amei essa personagem, achei ela muito real e bondosa, brilhante. Só não gostei de algumas de suas atitudes tão voltadas pros outros, não pensando em si, ela se prejudicou muito, o que me fez refletir sobre a importância de nos valorizarmos e do amor próprio, não é egoísmo nos amar e nos proteger, e acho que ela deixou isso bem em falta.

O seu dom espiritual não é bem explicado, mas sabendo que na Índia a religião é diferente, seus costumes e crenças, achei tudo muito interessante e tem um papel importantíssimo na história. 
Quem tem "medo" de ler livros com religiões diferentes da sua, pode ler sem medo, que não tem "pregações" não, apenas mostra outra cultura e suas variadas crenças e fé.

Quanto à Rebecca, gostei dela, embora ela seja meio apagadinha. Ela teve uma vida sofrida e acaba num relacionamento que na minha opinião é bem abusivo, com um ator famoso de Hollywood que se acha e chega a humilhá-la dizendo que ela só faz filmes por ser bonita, porque talento não tem muito. Achei um horror isso, eu dava um tabefão na cara dele se ele me falasse isso. Porém, aos poucos compreendemos a personalidade dela e porque ela ainda o aceita. 

Seu desenvolvimento na trama é muito bom e gostei de acompanhar o desenrolar das gravações do filme!

O final foi surpreendente! As cenas finais me arrepiaram e, nossa, quase chorei!
Um livro maravilhoso!
Indico!



Essa é a segunda resenha de Setembro do Desafio Literário Livreando 2018.
Da opção: um livro começado e ainda não terminado.
Saiba mais sobre o Desafio do querido blog Livreando, CLICANDO AQUI!

Beijos,
Ana M.

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